Informações sobre hanseníase, causas, sintomas e tratamento da hanseníase, identificando práticas que possam contribuir para a sua cura.


Histórico da hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa, crónica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa.

A hanseníase tem atormentado os seres humanos ao longo da história. O primeiro relato possível de uma doença que muitos estudiosos acreditam ter sido hanseníase aparece num documento papiro egípcio escrito em torno de 1550 ac.  Por volta de 600 ac. escritos indianos descrevem uma doença que se assemelha a hanseníase. Na Europa, a hanseníase apareceu pela primeira vez nos registos da antiga Grécia, depois do exército de Alexandre o Grande vir da Índia e, em seguida, em Roma, em 62 ac coincidindo com o retorno das tropas de Pompeia da Ásia Menor.

Hanseníase foi temida e mal compreendida

Ao longo de sua história, a hanseníase foi temida e mal compreendida. Durante muito tempo pensou-se que a hanseníase era uma doença hereditária, uma maldição ou um castigo de Deus. Antes e mesmo após a descoberta da sua causa biológica, pacientes com hanseníase foram estigmatizados e rejeitados. Por exemplo, na Europa durante a Idade Média, doentes de hanseníase tinham que usar roupas especiais e sinos para avisar os outros que eles estavam perto, e até mesmo quando circulavam a pé tinham de ir de um determinado lado da estrada, dependendo da direção do vento. Mesmo nos tempos modernos, o tratamento da hanseníase tem frequentemente ocorrido em hospitais separados e existiram leprosários nas chamadas colónias, por causa do estigma da doença. A hanseníase foi tão prevalente em diversas áreas e em determinados momentos ao longo da história que esta já inspirou obras de arte e influenciaram outras práticas culturais.